sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Seguindo o roteiro exigido pelos professore entregamos ontem [dia 25] para os professores auxiliares do projeto inderdisciplinar 3 cópias da pesquisa que realizamos durante o semestre. Durante a produção dos textos para a pesquisa notamos que muitos integrantes do grupo se revelaram ótimos escritores, com um palavreado bastante vasto além de seguirem uma linha de raciocínio bastante lógica.
Criamos, no total, oito textos, entre eles introdução, considerações finais e o conceito de criação das animações que são nosso principal objetivo de realização durante o semestre.
Como escrevemos nas considerações finais, levando em conta que ja haviamos escrito a idéia geral da criação das animações, percebemos que uma pesquisa bem realizada eh extremamente fundamental para uma peça final bem produzida. Nesta pesquisa buscamos elementos e referencias masi variadas possíveis para podermos ampliar nosso horizonte sobre o tema escolhido. O que foi exatamente o que aconteceu pois, durante a pesquisa, descobrimos algumas coisas que jamais imaginariamos.
Tivemos alguns problemas ontem na hora de entregar a pesquisa final impressa pois, por conter diversas fotos a impressão em uma gráfica sairia em, aproximadamente, R$45,00 por cópia, o que se tornaria algo extremamente caro se multiplicado por 3 cópias. Ao revisarmos todo o texto em grupo, salvamos o arquivo e um de nossos integrantes teve de ir até sua casa imprimir o trabalho. Quando ele voltou com o trabalho impresso encadernamos na gráfica da faculdade e entregamos aos professores. Não deixo de nos culpar por toda a complicação desnecessária que fizemos pois se tivessemos feito a revisão do texto alguns dias antes todo este stress seria evitado. Mas serviu de liçao e ja estamos criando o roteiro da animação para terminarmos o mais rápido possivel, e nao em cima da hora como a pesquisa.
Técnicas Utilizadas em Noturnos
Cássio Vasconcellos utiliza poucos recursos na obra noturnos, pois uma de suas intenções era retratar uma São Paulo pura sem recorrer à tecnologia, mas ao mesmo tempo com uma visão diferente daqueles que passam pela cidade na correria e não prestam atenção na paisagem urbana paulista, sendo assim utiliza de poucas e simples técnicas como filtros de gelatina, que atuam de forma a permitir e bloquear a passagem de certas cores ao filme, de acordo com o desejo do fotógrafo.
“Os percursos noturnos pela cidade foram iniciados em 1988, mas intensificados entre 1998 e 2002. O trabalho foi realizado com uma câmera Polaroid SX-70, automática. Não se utilizou, propositalmente, qualquer recurso técnico. As tomadas foram feitas às vezes com lanterna ou holofote, com filtro colorido. Os originais foram então scanneados e impressos em jato de tinta, em tamanho 30 cm x 30 cm” (Noturnos, pag. 24)
Em uma das fotos na Praça da Bandeira, a 47, Vasconcellos usa da própria luz urbana, dos postes e das poucas janelas iluminadas de prédios ao fundo, o primeiro plano está mais escuro, por isso, como foi dito, há a impressão de ser uma avenida se desconsiderarmos a parte abaixo da ponte. A foto é toda praticamente em tons escuros de azul, acima da ponte, e mais claros abaixo dela devido à iluminação, contudo, próximo ao centro da imagem há um pedaço de um outdoor com um tom de vermelho que se destaca em meio a todo esse azul.
“Como uma marca registrada, procuro a singularidade, o limite entre o real e o imaginário. Nessas fotos, particularmente, busquei formas de retratar uma visão pessoal e distinta. Tentei resgatar o que está invisível ou o que não é tão explicito. Encontrar na fotografia a beleza escondida no comum, no caos, no feio...” (Noturnos, pag. 7)

Na foto 55, na Avenida Nove de Julho, A velocidade da abertura do obturador (tempo em que a câmera mantém o diafragma aberto para a luz da cena penetrar através da lente e produzir a fotografia) é de certa forma alta, para as luzes dos faróis dos carros formarem traços de luz, provavelmente o fotografo deve ter usado um tripé para manter a câmera parada, devido à baixa velocidade. Há também o reflexo dos primeiros raios solares do dia nos vidros de um edifício ao fundo da imagem.
“Era a cidade em pura transformação. Primeiro, o movimento dos que iam para suas casas, enquanto pessoas da noite apareciam e circulavam, dando até mesmo um ar mais sombrio à cena. Depois, momentos de completo vazio até o amanhecer, quando a vida voltava ao seu ritmo normal.” (Noturnos, pag. 8)
A foto 165, no Brooklin, é um bom exemplo de como a câmera Polaroid, usada a noite, cria uma saturação diferente nas cores dos elementos, os vidros do prédio em especial ganham uma cor diferente do original, e os galhos da arvore em primeiro plano ganham um vermelho contrastante com o restante da imagem.
“Um olhar, um clique, um som mecânico, e segundos depois a imagem surgia em minhas mãos, sem manipulações ou interferências.” (Noturnos, pag. 6)
Em uma das últimas fotos do livro, no Viaduto Santa Ifigênia, 191, Cássio aproveitou da iluminação local ao Maximo para harmonizar a foto, porém o principal dessa foto em particular é o enquadramento e o ângulo utilizado, pois utiliza os elementos de forma a capturar diversos planos, se tornando praticamente impossível dessa foto, assim como quase todas da obra, ser tiradas novamente com exatidão, é outro exemplo do uso da Polaroid, que não admite muitas interferências nas fotos, pois a intenção do fotografo era de retratar de uma forma pura a cidade, como apenas um paulistano a vê.

sábado, 20 de setembro de 2008

Contato 2.

Bom dia! muito bom mesmo não? hahaha, afinal, sábado, enfim, persistência é o que leva a perfeição, e vamos lá, contato sucedido com o Cássio Vasconcellos, o mesmo me disse para ligar para ele na segunda feira (22/09/2008) e porque não? haha, vou tentar agendar com ele um dia para uma visita, bom é isso pessoal, um bom fim de semana para todos!

Percepção

Percepção. (lembrando que não está na ABNT, apenas uma apresentação geral).

A idéia deste capítulo, é entendermos o que é a Percepção, uma vez que Cássio Vasconcellos se utiliza de um conceito denominado desconstrução da percepção em suas fotos da série Noturnos.

O Dicionário Escolar da Filosofia define de uma maneira geral: “A percepção é o modo como tomamos consciência dos objectos, em especial daquilo que nos é dado pelos sentidos” e VISCONTINI, Alexandre confirma “percepção diz respeito ao processo através do qual os objetos, pessoas, situações ou acontecimentos reais se tornam conscientes”

Através de um exemplo de SERRANO, Daniel Portillo, que diz “mais provável que as pessoas percebam os estímulos relacionados a uma necessidade atual. Se desejarmos comprar um automóvel, provavelmente prestaremos atenção nos carros da rua, anúncios e reportagens sobre automóveis.” Podemos entender o que é a percepção no nosso dia a dia e isso faz parte de todos os nossos sentidos, mas a visão é o que nos interessa, e para aprofundarmos melhor, MARTINS, Ricardo nos explica o que é a percepção seguido da visão “A visão não é simplesmente um processo de enxergar-analisar-entender. Funciona mais como um sistema de exploração contínua, que não tem fim, em que cada vez mais dados são coletados do ambiente e isso afeta a cada momento a percepção total. Todas as vezes em que olhamos ao nosso redor, estamos continuamente respondendo nossas dúvidas sobre o ambiente e fazendo novas perguntas.”

Uma frase que realmente nos da a idéia é: ”Percebo, logo existo.”

Em suma, percepção é o que se vem depois dos sentidos, pois é a seleção, organização e a interpretação destes estímulos, é o que nos permite dizer se uma fruta está estragada através da aparência dela, ou o que nos indica se é o momento ou não de atravessar uma rua, sem a percepção, não conseguiríamos entender o significado do universo em si.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

passeio turistico =)

Dia 8 de setembro - segunda feira! (CENTRO)

Não temos aula, porém fomos ao centro tirar fotos parecidas com as do Cássio Vasconcellos.
Decidimos nos encontrar no metrô república, horario marcado: 17:30, porém algum casos e acasos, o grupo não se completou e acabamos saindo do metrô as 18:50, acabamo indo em 4 pessoas, sendo uma delas amigo do rodolpho o sirizão, que foi muito útil, pois só de bater o olho nas fotos, conseguia dizer por onde, e como chegar ao local.
começamos tirando algumas fotos ali na república mesmo, como a do edíficio COPAN, Hilton, etc....
de lá, fomos andando e seguindo nosso guia( sirizão ), tirando várias fotos.
Por falta de recursos, não conseguimos reproduzir todas as fotos que queriamos, mas mesmo assim conseguimos retratar algumas de suas fotos, com bastante esforço, pois o centro de noite não é tão seguro, fomos embora de lá eram umas 22 hrs.


Dia 10 de setembro - Quinta feira ( Zona Sul )

Um dia normal de aula, decidimos ficar na faculdade ateh umas 18 hrs, para poder tirar as fotos da zona sul, desta vez nós tinhamos um carro =), começamos indo até a avenida Luís Carlos Berrini, onde tiramos várias fotos, nos perdemos várias vezes pois a co-piloto la era meio perdida, mas conseguimos tirar as fotos, a foto ao lado da estação berrini (trem), fomos parados pelo segurança do terminal, pois aparentemente estariamos fazendo algo errado, mas depois de uma conversa ele nos liberou para tirar as fotos, assim como na 1ª saida, o time não foi completo.
terminamos de tirar as fotos, nosso motorista daniel mikami, nos deixou na faculdade, e assim cada um foi para sua casa. isso era umas 22 hrs +/-.

Anderson Yuji Hara =)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Projeto de Pesquisa

Como foi solicitado pelos orientadores do Inter fizemos algumas mudanças nos objetivos especificos do projeto de pesquisa

Objetivos Específicos:

 

  • Relatar aspectos biográficos de Cássio Vasconcellos, apresentando a série Noturnos.
  • Descrever as técnicas e equipamentos utilizados para a produdução da série Noturnos.
  • Apontar a aplicação das técnicas utilizadas em fotografias específicas da série Noturnos.
  • Definir o conceito de percepção.
  • Demonstrar a desconstrução da percepção nas fotografias da série Noturnos.

domingo, 14 de setembro de 2008

contato.

Após as nossas inúmeras tentativas de contato com o Sr. Cássio Vasconcellos, não está na hora de desistir? não responde de maneira alguma, então vamos ao que nos interessa.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Zona Sul - São Paulo

Ontem a esta hora (20:36) estavamos próximos da universidade Anhembi Morumbi começando nosso caminho, desta vez motorizado, através dos passos de Cássio. Para fazermos a visita à Zona Sul nos encontramos dentro do campus Morumbi e seguimos de carro em direção à algumas fotos que achavamos possiveis serem fotografadas por nós. Confesso que sinceramente nao conheço muito, ou melhor, quase nada, de caminhos em São Paulo, e não só eu como todos nós tivemos grandes problemas em encontrar os lugares exatos que as fotos foram tiradas. Muitas coisas (por exemplo a maioria das fotos da Marginal Pinheiro) não existem mais para serem fotografadas como arvores e entulhos de obras. Como estavamos de carro enfrentando uma das piores horas de trânsito demoramos muito tempo e conseguimos tirar poucas fotos (não que tenha sido muito rápido no Centro, mas foi mais facil pois era uma área mais conhecida). Próximo às 21 horas chegamos a conclusão que estavamos satisfeitos com as fotos que haviamos tirado e seguimos cada um para sua casa.






Ao analisar tanto cada uma das fotos que refotografamos observamos quase que um padrão nas fotos da série que é, além de confundir o público obre ângulo também nos confunde em relação a misturar prédios com escadas e transformá-los em uma única coisa que só existe na imaginação de quem vê. A saída foi muito importante pois realmente VIMOS como Cássio, de fato, faz uma desconstrução da realidade mesmo sendo fotos que foram utilizados tão poucos recursos.

Centro - SP

No dia 8 de setembro, essa segunda feira, reunimos algumas pessoas do grupo no centro de São Paulo próximo à estação República a noite para, começar por ali, a refazer algumas das fotos e reconhecer toda a 'beleza do feio' que Cassio Vasconcellos tenta mostrar em suas fotos. Olhando elo lado lírico dos poetas a cidade realmente se torna maravilhosa ao anoitecer. Ela começa a se tornar outro lugar frequentado por pessoas diferentes daquelas que estamos acostumados e esse desejo de conhecer algo novo dentro de algo tão comum se torna inspirador. Consegui compreender como Cássio teve a ideia de começar essa série. 
Tiramos algumas fotos próximas à estação república  logo que anoiteceu. Continuamos nosso apesar de perigoso mas estimulador caminho procurando outras fotos que Cássio havia colocado em seu livro. Durante esse trajeto fomos encontrando muitas outras paisagens que nos interessavam pela beleza de serem extremamente comuns. Tivemos muitos problemas em encontrar o ângulo exato que Cássio tirou as fotos do livro, quase nenhuma foi tirada de um ângulo comum para a visão de alguém que caminha em direção ao trabalho em uma segunda feira. Chegando ao Vale do Anhangabaú tiramos algumas outras fotos e, enquanto eu me dirigia à estação para voltar para casa à tempo dos trens nao pararem algumas pessoas do grupo continuaram a tirar as fotos, entre elas, uma do hotel hilton de cima do famoso "minhocão".

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

1. Apresentar Cássio Vasconcellos e a série Noturnos.

Cássio Vasconcellos é um fotógrafo paulistano que expressa toda a paixão pela sua cidade natal através de suas fotos.
“O artista nasceu em SP, Brasil, em 29 de setembro de 1965. Iniciou sua trajetória na fotografia em 1981, na escola Imagem-Ação. Durante sua carreira, seu trabalho pessoal, sempre voltado a projetos artísticos, percorreu muitas galerias e museus, no Brasil e pelo mundo.” (http://www.cassiovasconcellos.com.br/cassio.html)

Hoje, com 43 anos Cássio já fez mais de 30 exposições individuais além de outras tantas coletivas e suas coleções. Possui trabalhos publicados em 10 livros diferentes além de documentários que participa e seus prêmios em diferentes premiações. Seu portfólio é repleto de diferentes séries: Noturnos, Rostos, Panorâmicas, Navios, Paisagens Marinhas, Cavalos e Fotografias Aéreas, outro trabalho é um projeto chamado Uma Vista. Algo muito peculiar nas obras de Vasconcellos é o fato de nenhuma foto além das da série Rostos ter a presença de algum ser humano e, mesmo na série Rostos, as figuras humanas não possuem identidade pelas fotos estarem embaçadas.
“A ausência de pessoas em "Noturnos" é emblemática. Soa como se a cisão entre cidade e cidadãos, crescente nos dias de hoje, tivesse chegado ao seu extremo. Sem conseguir decifrá-la, foram todos devorados. Restou um artista, solitário, contemplando a marginal Pinheiros, com sua câmera em punho, à procura de algum sentido.”
(http://fotosite.terra.com.br/novo_futuro/barme.php?http://fotosite.terra.com.br/novo_futuro/ler_coluna.php?id=29)
Essa peculiaridade é uma característica da personalidade do fotógrafo que tende a fotografar paisagens em geral tentando minimizar a existência do ser humano mesmo quando isso se torna óbvio através de grandes edifícios em uma cidade como São Paulo.
“São Paulo, a megacidade, é personagem indomável que não se deixa traduzir por completo em imagens. Multiforme e selvagem, a cidade devora os incautos que por ela se aventuram na vã tentativa de atribuir-lhe forma e conteúdo. Diante de câmeras fotográficas, ao contrário de Paris, Nova York e Rio de Janeiro, São Paulo se recusa a fazer pose, a dar um falso sorriso cartão-postal.” (http://fotosite.terra.com.br/novo_futuro/barme.php?http://fotosite.terra.com.br/novo_futuro/ler_coluna.php?id=29)
“Em Noturnos, série de fotos em polaroid reunidas na forma de exposição e livro, surge uma paisagem urbana estranha, ao mesmo tempo melancólica e lírica, soturna e fantasiosa.”
(http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2002/not20020923p7579.htm). Cássio iniciou este trabalho em 1988 quando ainda iniciava sua carreira com uma única idéia clara, a de retratar a cidade de São Paulo à noite sem ceder à tecnologia, suas facetas em recursos e equipamentos. A idéia ficou arquivada por dez anos e em 1998 o fotógrafo recomeçou inspirado principalmente pela Marginal Pinheiros e sua paisagem.
“ Já se tornou uma espécie de tradição entre fotógrafos paulistanos o hábito de retratar a sua cidade, nadando contra a corrente e buscando em sua feiúra o máximo de beleza e poesia que se pode encontrar, como se se sentissem tentados a tirar leite de pedra.” (http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2002/not20020923p7579.htm).
Em aproximadamente 90 imagens que foram apresentadas na série dificilmente reconhecemos a cidade de São Paulo que estamos acostumados a lidar todos os dias. Nelas, como já falei anteriormente não há vestígios de vida humana, o cinza dominante na paisagem foi substituído por cores fortes e intensas, e, sobretudo, há predomínio de um grande silêncio, aumentando a dramaticidade do trabalho que possui uma personalidade única. “Sabendo da impossibilidade de abarcar com sua câmera a totalidade da urbe, ele fez da soma de concreto, ferro, vegetação, vidro e luz um cenário particular, uma cidade própria na qual ele parece ser o único habitante.” (http://fotosite.terra.com.br/novo_futuro/barme.php?http://fotosite.terra.com.br/novo_futuro/ler_coluna.php?id=29)
Cássio é um fotógrafo assumidamente apaixonado pela beleza de grandes cidades, fazendo então este tema se tornar uma constante em seu universo fotográfico. Há uma nítida procura pelo desprendimento das construções mesmo elas sendo tão óbvias em uma cidade como São Paulo nos trabalhos dele. Ao reconhecermos alguma arquitetura familiar durante as fotos a sensação de lar nos reconforta para, na foto seguinte já nos perdermos novamente entre uma cidade tão peculiar. “Mas isso não importa realmente. Propositalmente, ele não ilustra as obras com coordenadas precisas.”
(http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2002/not20020923p7579.htm)
“Essa reprodução física do que está oculto é sedutora. E a noite evoca naturalmente o incerto, a imprecisão das formas. Justamente por esta ausência do que nos é familiar, as fotos são desprovidas de memória. São, porém, carregadas emocionalmente. A atmosfera das fotos de Cássio é onírica, misteriosa, segundo ele, mas livre de nostalgia.” (ZAPPI, Lucrecia http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/1418,1.shl)
Em diversas séries dele o fotógrafo tem um único objetivo que se torna ainda mais óbvio na série Noturnos “embora utilize técnicas totalmente diversas, na verdade busca sempre uma mesma coisa, que é a desconstrução da percepção, do conforto, do reconhecimento.” (PEREIRA, Rodrigo, 2008, http://camaraobscura.fot.br/2008/06/27/cassio-vasconcellos/)
Na introdução de seu livro Cássio cita os poucos recursos utilizados para a produção da série: uma antiga maquina Polaroid SX-70 da década de 70, e um holofote com filtro colorido arrastado dentro de um carrinho de supermercado, que lançava luz para o alto, “para limpar a cena”, segundo Cássio. O artista não utilizou de poucos recursos por acaso, a intenção dele era de retratar a cidade de uma forma pura e imaginária que somente uma Polaroid permite.
“Essa brincadeira entre a realidade e a ficção, o todo e
o fragmento, é reforçado pela técnica usada por Vasconcellos.
Ele faz questão de usar uma máquina instantânea, que não permite
grandes interferências, mas tem uma peculiaridade de textura e
cor que atrai uma legião de admiradores entre fotógrafos e
artistas.” (http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2002/not20020923p7579.htm)

“Noturnos começou a partir da minha forma de ver São Paulo. Afinal, sou um ser urbano, paulistano, e em toda a minha vida também mantive pela cidade a já tradicional relação de amor-e-ódio.
Como uma marca registrada, procuro a singularidade, o limite entre o real e o imaginário. Nessas fotos, particularmente, busquei formas de retratar uma visão pessoal e distinta. Tentei resgatar o que está invisível ou o que não é tão explícito. Encontrar na fotografia a beleza escondida no comum, no caos, no feio...” (VASCONCELLOS, Cássio, 2002. P.06)


Juliana :D

Subtema

ahh Lembrando que o nosso subtema não precisa ser somente "Cássio Vasconcellos", falando com o prof. Drausio, ele falou para aprimorar... algo em torno de . Fotógrafo Cássio Vasconcellos...

Projeto de Pesquisa

Problematizações:

1- Cássio Vasconcellos demonstra em suas fotos apenas a mais pura realidade?
R: Não, através de diferente técnicas Cássio Vasconcellos fantasia com a realidade transformando pequenos detalhes em arte.

2- Quais os efeitos que Cássio Vasconcellos busca em sua fotografia?
R: Desconstrução da percepção, do conforto e do reconhecimento.

3- A principal finalidade das obras de Cássio Vasconcellos é social?
R: Não, pois o fotógrafo não utiliza pessoas e aplica diversos recursos e técnicas simplesmente pela questão estética.

4- Cássio Vasconcellos analisa o local para fotografar?
R: Não, ele utiliza como recurso seu instinto espontâneo, pois o mesmo diz que o local se transforma de uma forma agressiva.

5- Cássio Vasconcellos faz uso do preto e branco em suas fotos?
R: Não, ele prefere o uso de cores vivas, por utilizar muitas técnicas de luminosidade baseada em cores.

6- Qual o principal conceito usado por Cássio Vasconcellos na série Noturnos?
R: A desconstrução da percepção em figuras urbanas durante a noite.



Delimitação do tema e do problema:

6- Qual o principal conceito usado por Cássio Vasconcellos na série Noturnos?
R: A desconstrução da percepção em figuras urbanas durante a noite.

Revisão da Literatura:
A desconstrução da percepção é o principal conceito utilizado na série Noturnos de Cássio Vasconcellos.
Cássio Vasconcellos é um fotógrafo contemporâneo brasileiro.
“Estudou na escola de fotografia Imagem-Ação e a partir de 1981 trabalhou como fotógrafo.
Foi repórter-fotográfico no jornal Folha de S. Paulo em 1988. Viveu em Paris em 1989 e colaborou como freelancer para Editora Abril e Folha de S. Paulo. No início dos anos 90 se dedicou à publicidade, foi fotógrafo da agência DPZ Propaganda e montou seu próprio estúdio. Desenvolve trabalho de expressão pessoal desde 1983 e participa de exposições nacionais e internacionais.” (www.pirelli.com.br).
“Em Noturnos, série de fotos em polaroid reunidas na forma de exposição e livro, surge uma paisagem urbana estranha, ao mesmo tempo melancólica e lírica, soturna e fantasiosa.” (www.estadão.com.br). Dessa exposição foi publicado um livro,
“O resultado desta aventura é o livro “Noturnos - São Paulo”, lançado pela editora Bookmark no dia 24 de setembro, na galeria Vermelho, que inaugurou uma exposição no mesmo dia com as 90 imagens da publicação. As fotos expostas poderão ser vistas até dia 19 de outubro. O livro, que tem textos introdutórios do crítico de fotografia Rubens Fernandes Junior e do organizador do rojeto Arte/Cidade, Nelson Brissac, também será distribuído mundialmente a partir de novembro, pela editora Dap.” (www.uol.com.br).
Em Noturnos temos algumas curiosidades bem interessantes como:
“o fato de fotografar à noite já distorce totalmente as cores, pois o filme é balanceado para a luz do dia e, nesses casos, pende para os tons de azul e verde. Ele também lança mão de luz artificial, iluminando parte das cenas que fotografa com os canhões de luz que transporta em suas peregrinações, e expõe o filme por longos períodos (de até um minuto), obtendo efeitos
bastante interessantes. ” (www.estadao.com.br).
Todas as fotos de noturnos são em polaroid pois:
“Cássio acredita que seu efeito é único: “A textura é muito específica, e as cores vêm mais saturadas. Isso sempre me fascinou na polaroid, além do seu caráter instantâneo”. Por ser um veículo instantâneo que produz imagens descartáveis, a polaroid tem uma contribuição direta na saturação de imagens, no excesso de informação que uma cidade carrega.” (www.uol.com.br).
O trabalho de Cássio Vasconcellos, embora utilize técnicas totalmente diversas, na verdade busca sempre uma mesma coisa, que é “a desconstrução da percepção, do conforto, do reconhecimento. Há nas fotos uma dose de fantasia, que vai da poesia urbana das panorâmicas ao onírico dos navios.” (www.camaraobscura.fot.br).
A magia das fotos de Cássio VasconcelLos esta em transmitir os sentimentos tanto da fotografia como um todo como de cada um de seus elementos,
“Não é necessário saber, por exemplo, que aquela
estrutura de um vermelho intenso, que corre sobre nossas cabeças
como um trilho abandonado, são as carcaças do fura-fila -
projeto símbolo do patético governo de Pitta - para que ela nos
provoque imediamente uma certa melancolia, um certo sentimento de pesar. “ (www.estadao.com.br)
No parágrafo a seguir escrito pela jornalista Lucrécia Zappi temos uma sintese bem interessante sobre o trabalho de fascinante Cássio Vasconcellos especialmente na série Noturnos
“Essa reprodução física do que está oculto é sedutora. E a noite evoca naturalmente o incerto, a imprecisão das formas. Justamente por esta ausência do que nos é familiar, as fotos são desprovidas de memória. São, porém, carregadas emocionalmente. A atmosfera das fotos de Cássio é onírica, misteriosa, segundo ele, mas livre de nostalgia.“ (www.uol.com.br).






Objetivo Geral:


Analisar como Cássio Vasconcellos utiliza da desconstrução da percepção na série Noturnos.

Objetivos Específicos:

• Apresentar Cássio Vasconcellos e a série Noturnos.
• Apresentar as técnicas e equipamentos utilizados na série Noturnos.
• Definir o conceito de percepção.
• Apontar as técnicas utilizadas em fotografias específicas da série Noturnos.
• Demonstrar a desconstrução da percepção nas fotografias da série Noturnos

Cássio Vasconcellos - Técnicas e equipamentos



As técnicas e equipamentos utilizados por Cássio Vasconcellos na série Noturnos.

Cássio Vasconcellos na série Noturnos, utilizou váriados angulos e equipamentos na realização de cada foto, como o uso de filtro colorido ou uma gelatina na frente dos olofotes, para dar uma outra sensação, com a mudança das cores, dando uma diferença pequena mas muito significativa na realização das mesmas.

A câmera ultizadas em todo o Noturnos,é uma câmera polaroid SX-70, que é uma máquina instantanea, que não permite altas interferências, e tem uma peculiaridade de textura que é muito específica e a cor em seu papel é mais saturada, e acaba atraindo muitos admiradores.

Cássio utiliza de vários instrumentos para a criação das imagens, desde câmeras a papéis de impressão, porém em termos técnicos como colagens, ele tenta se desprender ao máximo pois segundo ele o seu aprendizado no trabalho com a publicidade, as colagens funcionam mais como um suporte, e jamais direcionariam suas fotos.

Outra técnica utilizada por Cássio Vasconcellos é a utilização de algodões e fitas adesivas nos negativos, para dar uma sensação de nebulosidade ou apenas irreal, ou até mesmo subindo em helicópteros para conseguir um ângulo e uma perspectiva diferente.

A polaroid SX-70 se tornou um objeto de desejo a muitos fotógrafos e artistas, possuia um design moderno na época, com a aparencia de uma carteira, que se abre como uma caixa, e alguns detalhes técnicos, e alguns acessórios e o tom especial de seu filme, mechendo com a criação fotógrafos, com o fascínio de ver uma foto aparecer na hora, permitindo ao fotógrafo a manipulação como um artesanato, a SX-70 foi a primeira câmera a ejetar uma foto pronta.

O filme da polaroide SX-70 deixou de ser fabricado no final de março de 2006, o qual foi matéria-prima de muitos artistas, o sistema SX-70 é o pioneiro no quesito imagem instantânea. A câmera foi a primeira a ejetar a foto totalmente pronta, dispensando processos adicionais de revelação. Desde seu lançamento, em 1972, o mundo da arte foi seduzido pelo seu magnífico design (desenhada por Henry Dreyfuss, a máquina original não é produzida há mais de 20 anos) e pelas inúmeras possibilidades de criação. No Brasil não foi diferente, há ainda muitos artistas que trabalham com o SX-70.

"O sistema foi revolucionário dentro de uma perspectiva tecnológica. Ele permitiu o registro de imagens sem muitas preocupações com questões técnicas".

"A câmera conseguiu unir duas qualidades importantes para a época: a velocidade do processamento da foto e o controle da luminosidade. Ela inaugura um novo momento, o "snap shot", que se torna uma ferramenta para registrar o cotidiano. A SX-70 é fundamental na história da fotografia e da cultura"

Nos anos 70, o imediatismo (e a privacidade) proporcionados pelas Polaroids serviram de estímulo para registros mais íntimos. "A máquina incentivou uma geração de fotógrafos a fazer auto-retratos. Houve inclusive um aumento de nus na época. Não apenas essas características alavancaram a produção artística com o SX-70. A palheta de cores -que puxa para os tons azulados- e o fato de o filme/papel poder ser manipulado durante a rápida revelação se tornaram atrativos para os artistas.

"Os artistas usam o filme com uma espécie de tela, na qual as intervenções são importantes. isso pode ser um mérito porque estimula a criatividade para além do simples clique". "E muitos pintores utilizam essa câmera em suas fotografias. O SX-70 é natural para eles, a nuance das cores é muito especial, diferente de todos os outros tipos existentes de filmes coloridos."

"Ela é especial, tem cara de Polaroid. A cor, a textura são diferentes", concorda o fotógrafo paulistano Cássio Vasconcellos, 40.Vasconcellos é um dos artistas mais fiéis ao sistema. Em sua série "Noturnos", na qual retrata a paisagem de grandes cidades à noite, ele usou a câmera SX-70. Seis fotos dele estão na coleção Polaroid.O fotógrafo, que comprou sua primeira SX-70 (usada) em 1984, considera a falta de recursos da máquina uma qualidade. "O fato de ela ser amadora é o seu charme", sentencia.

Anderson e Aline ;)

Boris Kossoy

A imagem fotográfica fornece provas, indícios, funciona sempre como documento iconográfico acerca de uma dada realidade. Trata-se de um testemunho que contém evidências sobre algo. Retomando criticamente os conceitos de índice e ícone em relação à fotografia.
P.33

Ícone: comprovação documental da aparência do assunto e da semelhança que o mesmo tem com a imagem fixada na chapa; isto em função da característica peculiar do registro fotográfico cuja tecnologia possibilita a obtenção de um produto iconográfico com elevado grau de semelhança com o referente que lhe deu origem P.33
A representação é uma recriação do mundo físico ou imaginado, tangível ou intangível; o assunto registrado é o produto de um elaborado processo de criação por parte de seu autor. P.43

Boris Kossoy relata que “A representação é uma recriação do mundo físico ou imaginado, tangível ou intangível; o assunto registrado é o produto de um elaborado processo de criação por parte de seu autor. P.43”

O fotógrafo constrói o signo, a representação. Nessa construção uma nova realidade é criada. Longe de lançarmos dúvidas quanto à existência/ocorrência do assunto representado, ou mesmo de sua respectiva aparência, devemos considerar que, do objeto à sua representação, existe sempre uma transposição de dimensões e de realidades. P.43
essas são as partes interessantes do livro "Realidade e Ficções na trama fotográfica de Boris Kossoy, Ateliê editorial, 3ª Edição.

ahh, o contato com o fotógrafo cássio vasconcellos nem deu certo, ele não respondeu, nem nada.
ainda hoje eu vou postar um link pra dar os uploads...
abraços.

Daniel.

Conceitos de Percepção.

Conceitos e definições de Sensação e Percepção por Luciano dos Santos.
"percepção é tomar conhecimento do objeto. A percepção refere-se ao processo de integração, organização e interpretação de informações sensórias. Todos os seus sentidos estão envolvidos na sua experiência. Embora estamos acostumados a pensar que os diferentes sentidos são muito distintos. Resumidamente, os seus sentidos são o portal pelo qual o seu cérebro recebe todas as informações sobre o meio."
meu resumo é basicamente nisso, após ler sobre sensação e percepção, se alguém achar que é necessário uma explicação sobre sensação, me fala..
Sensação e Percepção, algo fácil de se confundir, e difícil de se comparar as diferenças, basicamente, a percepção compreende aquilo que a Sensação detecta. a sensação é o que ocorre primeiro, e depois vem a análise, que é a percepção.
li também que alguns psicólogos dessa área, levam a sensação e a percepção como um todo.
enfim é isso.
Daniel.